domingo, 30 de janeiro de 2022

Coroinha do Menino Jesus e sua relação com a Venerável Margarida do Santíssimo Sacramento

Neste tópico, temos por objetivo explicar, com detalhes, como surgiu esta oração de invocação ao Menino Jesus.
A história está ligada com a Venerável Margarida do Santíssimo Sacramento:

Aos doze anos de idade, em 1631, a jovem Margarida Parigot começa o noviciado no Carmelo de Beaune, na França.
Em seu ato de consagração, na epifania do ano de 1632, ela recebe o nome de Irmã Margarida do Santíssimo Sacramento. E neste dia solene, diante do presépio, ela se consagra como Esposa do Menino Jesus.
No dia 24 de junho de 1635, data em que fazia sua Profissão Solene, eis que o Deus Menino apareceu para a venerada carmelita e lhe fez uma promessa: "Eu não recusarei nada do que me pedires na oração".
Por inspiração divina, ela cria a Coroinha do Menino Jesus: pequeno terço, composto por três Pai-Nossos em honra à Sagrada Família e doze Ave Marias em honra aos doze primeiros anos de Jesus.
Nestes desdobramentos, cheios de muita espiritualidade, e sempre com a proposta de exaltar os méritos do Mistério se Sua infância, a jovem carmelita criou a “Família do Santo Menino Jesus”. Aos carmelitas integrantes desta família, estava o compromisso diário de recitar a Coroinha.
A devoção ganhou muitos membros, e de forma muito repentina, ultrapassou os limites do mosteiro de Beaune.

Ademais, diz a tradição que o Menino Jesus, num momento sublime de aparição à Irmã Margarida do Santíssimo Sacramento, revelou-a quão agradável Lhe era este exercício espiritual, e quão feliz Ele estava pelo grande empenho e dedicação que ela dava a esta poderosa propagação.


Desta forma, a Coroinha do Menino Jesus está ligada, diretamente, com a história de intimidade espiritual do Deus Menino e a Irmã Margarida do Santíssimo Sacramento.
E como parte deste sublime momento de revelação, nosso Senhor prometeu dar a pureza de coração e a inocência a quem carregá-la consigo e rezá-la em honra da Sua Infância.

E a oração é assim:
Beija-se a medalha dizendo: "Divino Menino Jesus, abençoai-nos."
Antes de cada Pai Nosso, diz-se: "E O Verbo se fez carne, e habitou entre nós."
Rezam-se, depois, as doze Ave Marias e o Glória.
Oremos. 
Ó amável Salvador, que possui todos os tesouros de ciência e sabedoria divina, ensinai-nos a amar-Vos para que possais, conforme Vossa promessa, morar sempre no intimo de nosso coração. Vós, que sois o Mestre Divino, mostrai-nos Vossa santíssima vontade e dai-nos a graça de finalmente cumpri-la. 
Amém.


sábado, 29 de janeiro de 2022

Relatos ligados com o Menino Jesus e Santa Teresa D'Ávila


A vida de Santa Teresa D'Ávila esteve sempre muito ligada com o Menino Jesus.
Muitos fatos interessantes desta intimidade com o Deus Menino aconteceram ao longo de sua vida. Citamos alguns: 

Aparição no mosteiro de Ávila
Num dia de muita graça, enquanto descia as escadas do convento, Irmã Teresa tropeça.
Ao cair, defronta-se com uma bela criança que lhe sorria.
Com este sobressalto e susto, inclusive por ver uma criança dentro do mosteiro, ela Lhe interroga:
“Quem sois?”.
O menino, por meio de outro questionamento, a responde: “E quem sois vós?”.
A Madre lhe diz: “Eu sou Teresa de Jesus”.
E o Deus Menino, com grande sorriso lhe afirma: “Pois, eu sou Jesus de Teresa”.
E foi por conta desta sublime aparição, ocorrida no Mosteiro da Encarnação, localizado em Ávila/Espanha, que foi dado a ela o nome de ‘Teresa de Jesus’.

Uma imagem que chorava
Mediante relatos da sua vida, identificamos que quando ela saia do convento de Toledo (Espanha), a imagem do pequeno Jesus se transformava, frequentemente, e dele saiam lágrimas.
Por conta deste grande mistério, a pequenina imagem é conhecida, nos conventos carmelitas, com o carinhoso nome de “El Lloroncito”.
Este termo, traduzindo para português, seria ‘O Chorãozinho’.

Vestes de um Rei
Coube a ela, a confecção das primeiras roupas do Deus Menino.
Com o tempo, isso virou um hábito nas Igrejas que possuem esta veneração.
Hoje, frequentemente se alternam as vestes no Menino Jesus, e as cores estão em conformidade com ao período litúrgico em que a se esteja vivendo.


Menino Jesus de Praga - Como a imagem chegou na capital da República Tcheca ?

Segundo a tradição, Santa Teresa D'Ávila deu a imagem de presente à rainha espanhola e mãe da Princesa Polixene.

Tempos depois,  a Princesa se casou-se, em primeiras núpcias, com  o nobre tcheco Vilem de Rozumberk. Ganhou, como dote de casamento,  a imagem de sua mãe, e levou consigo o Menino Jesus para a antiga Tchecoslováquia.

Mais adiante,  e antes de sua morte, em 1628, a Senhora Polixene, já idosa, fez questão de presentear a imagem novamente aos carmelitas, como uma homenagem/retribuição à Santa Teresa D'Ávila.

De imediato, a imagem ficou com os noviços carmelitas da antiga Tchecoslováquia, e a mesma não foi exposta ao culto público de fiéis. Isso somente ocorreu um bom tempo depois e, assim então, é que a imagem foi para a Igreja de Nossa Senhora da Vitoriosa.

A partir deste ponto, a história teve muitos desdobramentos por conta de guerras e invasões protestantes.

Durante um tempo, a imagem ficou perdida.

Tempos depois, e milagrosamente, ela foi encontrada nos escombros da Igreja.

A imagem foi restaurada, assim como a Igreja. E daí em diante, a devoção recomeçou. E nunca mais parou. 

Milhares de graças e milagres são atribuídos ao Menino Jesus de Praga.  


Imagens com a presença do Menino Jesus

Introdução
Além da devoção ao Menino Jesus de Praga, há também outras devoções em que a criança se mostra também na presença dos santos e Nossa Senhora. 
Trata-se da imagem do Deus Menino na figura inocente e frágil da criança. 

Eis alguns exemplos que temos com Nossa Senhora:
do Carmo;
do Sagrado Coração do Menino;
do Bom Parto;
do Perpétuo Socorro;
do Rosário;
do Bom Sucesso;
do Rocio;
dos Aflitos;
Auxiliadora.

Santos com o Menino Jesus no colo:
São José;
São Antônio de Pádua;
São Germano José;
São Cristóvão;
São Benedito.

Vida dos Santos - Aparições na noite de Natal

Aparições no Natal
Na sagrada vida dos santos, e suas respectivas biografias, identificamos quatro santos 
que tiveram, na sagrada noite de Natal, um grande encontro com o Menino Jesus.

Santa Faustina Kowalska
Anotações obtidas a partir do livro “Diário de Santa Faustina”, no qual ela descreveu sua visão e encontro da Noite Santa em 1937.

São Francisco de Assis
Relatos obtidos a partir da biografia franciscana, redigidos por São Boaventura. Nestes escritos, são detalhados como o Menino Jesus apareceu na frente de uma multidão que observava o presépio feito pelo São Francisco.

Santa Terezinha do Menino Jesus
Na véspera do Natal de 1886, conforme relatado em sua autobiografia “História de uma alma”, a jovem carmelita descreveu um sublime e sagrado momento de encontro místico com Jesus.

Santa Gemma Galgani
Através das suas confissões ao seu diretor espiritual, ela relata a noite de Natal de 1902, e detalha o belíssimo momento ocorrido.
O fato aconteceu durante a Missa do Galo.
No momento do ofertório, o Menino Jesus veio até Santa Gemma, levou-a até a Virgem Maria, e a apresentou a Nossa Senhora dizendo: “Esta minha filha querida, tu deves considerá-la como filha da minha Paixão”.

Imagem do Menino Jesus de Praga e o significado de seus símbolos


Localização da Imagem original
A imagem original do Menino Jesus de Praga encontra-se na Igreja de Nossa Senhora da Vitoriosa, na capital da República Tcheca, em Praga.

Vestes de um Rei
Coube à Santa Teresa D’Ávila, a confecção das primeiras roupas do Deus Menino.
Com o tempo, isso virou um hábito nas Igrejas que possuem esta veneração.
Hoje, frequentemente se alternam as vestes no Menino Jesus, e as cores são em conformidade com ao período litúrgico em que a se esteja vivendo.

Descrição dos símbolos do Menino Jesus
A coroa
Na coroa, a elucidação da realeza de Deus.
É a exaltação do verdadeiro Rei do universo, aquele que tem o poder sobre todas as nações.

A cruz no peito

A cruz representa a maior prova de amor que ele deu para a salvação da humanidade.
Esta parte também se complementa com o símbolo do manto vermelho.

O Manto vermelho

No Seu manto, de cor vermelha, a associação com o sangue e a paixão de Cristo, além de uma ligação direta com a cruz, travessia pelo qual todos devemos percorrer para chegar até Ele.
Ainda no manto, temos representações do dourado, que é uma cor para expressar a divindade, e que também denota que os ensinamentos de Jesus são reluzentes como o ouro.

A túnica branca

Na cor branca, a expressão da pureza e inocência.
Uma completa isenção das corrupções do mundo.
E ainda que ele represente o Deus que se fez homem, ele se apresenta na figura humilde de uma criança, frágil e verdadeira.

A mão esquerda segurando o mundo

Nesta simbologia, temos a representação de que é Jesus que sustenta e comanda o mundo, com muito amor e poder.
Toda nossa existência e condução de nossos caminhos estão amparados em sua mão.

A mão direita abençoando

Nesta representação, temos a ação do verbo de Deus na nossa vida.
É a partir dela que são derramadas as bênçãos e graças sobre a humanidade.

sábado, 12 de junho de 2021

Sagrado Coração de Jesus


Em todas as primeiras sextas-feiras de cada mês se celebram missas em louvor ao Sagrado Coração de Jesus.
Trata-se de uma tradição católica, marcada pela meditação do mistério da Paixão de Cristo, livremente entregue ao sacrifício da Cruz por nosso amor e para a nossa redenção. Na imagem do Cristo, há sempre um coração exaltado de sofrimento exposto para nós.

E o que significariam esta imagem?
Trata-se dos 5 símbolos do Sagrado Coração de Jesus, cujos significados são explicitados abaixo:

1 – O sagrado coração
Fora do peito, envolto de espinhos, e queimando em chamas,
A imagem representa o amor, pulsante e ardente de Deus por todos nós.
Este amor é tão imenso que nos criou à Sua imagem e semelhança.
É o Cristo que se entrega infinitamente por nossa salvação e reconciliação, ainda que o rejeitemos.
É o espírito de Deus, encarnado no seio da Virgem Maria, que deu Sua vida por nós.
Esta liberdade que nos foi concedida é tão grande que nos foi dado o livre e pleno arbítrio, sobre o qual podemos, inclusive, optar pela rejeição do caminho divino.

2 – O fogo
Neste símbolo, a representação de que o coração de Jesus pulsa de amor ardente por nós.
É uma metáfora para exaltar o amor infinito, ardente em chamas, muitas vezes representado também pela poética da paixão, do amor ágape.
Paralelamente, temos nas chamas a similaridade com o Espírito Santo, exaltado em Pentecostes.

3 – A cruz
Nesta simbologia, a exaltação do extremo sacrifício humano vivido por Jesus, em Sua travessia até o Calvário.
Ao mesmo tempo que contempla todos as dores e sofrimentos que ele viveu para nossa salvação, ela não representa um fim, somente um meio.
O verdadeiro fim, de quem assume a cruz de Cristo, é a Ressurreição, é a vitória transcendente sobre os pecados do mundo.

4 – Os espinhos
A coroa vem celebrar o escárnio dos homens diante da realizada divina.
É a indiferença e tibieza diante de Sua grandeza e do Seu amor e entrega por nós.
Insensibilidade esta que O fere, física e emocionalmente.

5 – A chaga
A ferida no coração transpassado é mais um dos sofrimentos abraçados por ele.
Trata-se do processo de travessia da cruz, no qual ele, ardentemente, se entregou para a remissão dos pecados da humanidade.

Informação interessante:
Toda este detalhamento acima,  pode ser sentido/meditado ao rezar o Rosário, por meio dos Mistérios Dolorosos.
É um exercício espiritual de fé.
Ao se contemplar estes símbolos, dedilhando-se o terço, e interpretando os mistérios, temos a possibilidade de mergulharmos no processo da cruz.
E nesta travessia, a perspectiva humana de sentir quão grande foi o sofrimento e entrega de Jesus por nós.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Panis Angélicus


Panis Angélicus (Pão dos Anjos)

Descrição:
Trata-se de um belíssimo hino, presente na tradição católica.
Esta canção foi composta por São Tomás de Aquino.
Foi criado para a festa de Corpus Christi.
É parte integrante da Liturgia que acompanha a sacratíssima Festa do Corpo de Deus.

Concertos:
A estrofe de 'sacris solemnis' é, as vezes, cantada separada do restante do hino principal.
Esta fragmentação é mais comum em apresentações clássicas.

Pontos relacionados:
Liturgia das horas.

Hino:
Pannis angelicus
Fit panis hominum
Dat panis coelicus
Figuris terminum
O res mirabilis
Manducat dominum
Pauper, pauper
Servus et humilis
Pauper, pauper
Servus et humilis
Panis angelicus (Panis angelicus)
Fit panis hominum (Fit panis hominum)
Dat panis coelicus (Dat panis coelicus)
Figuris terminum
O res mirabilis (O res mirabilis)
Manducat dominum
Pauper, pauper
Servus et humilis
Pauper, pauper
Servus, servus et humilis.



quarta-feira, 7 de abril de 2021

Latim

https://www.otempo.com.br/opiniao/vittorio-medioli/missa-em-latim-1.2467637

A palavra é número e música, vibração por excelência que num rito precisa fazer vibrar a alma, despertar a intuição, usar os incensos, folhas e músicas. O latim é inigualável. O “miserere nobis” soa melhor que “tenha piedade de nós”. Assim são “panis angelicus”, “mater Dei”, “divinae misercordiae”, “agnus Dei qui tollis pecatta mundis”, “sicut in caelo et in terra”, “kyrie eleison”, aleluia “credo in Deus Pater”. Amém.

Sons imponentes sacodem a alma. “Mater Sanctissima”, lembro-me do meu passado de coroinha versando água nas mãos do sacerdote, tocando campainhas em gélidas e enevoadas manhãs, e dos arrepios nos rituais que me faziam sentir na pele a vida monástica. Saudade implacável de inocência, de frescor, de paixões juvenis, de família, de notas de fundo de um “Cinema Paradiso” onde o intérprete principal é um menino como eu fui e põe para chorar até o mais duro dos espectadores. “Fiat voluntas Tua.”

terça-feira, 6 de abril de 2021

Nossa Senhora


Dedicação exclusiva ao projeto de Deus.

Exemplo de mãe que se entrega, de corpo e alma, ao projeto do filho.

Fidelidade extrema na fé.

Na cultura brasileira, a visão de uma santa que está sempre ao nosso lado. 

Somente aqui no país, são mais de 1000 títulos de nomes distintos dados a ela. 
Isso envolve locais, motivos, circunstâncias, momentos da aparição...
O principal, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, oficializado como a Padroeira do Brasil, veio por uma outorga realizada no final da monarquia, pela Princesa Isabel, que lhe deu a coroa de Ouro e o manto de proteção.

Na Bíblia, mencionada desde o primeiro livro, o Gênesis; passando entre os profetas do Antigo Testamento(Isaías, Jeremias...); pelo Novo Testamento, nos quatro livros do Evangelho, bem como no livro final, o Apocalipse.

Ultrapassa os limites do Evangelho, sendo responsável pelo começo da constituição da Igreja.

Vida sem reclamações, queixas...

Pessoa com um comportamento muito simples, sereno, sagrado e com amor nos pequenos gestos em tudo o que fazia.

Era conhecedora da realidade que a acercava e do seu mundo, mesmo com pouca idade. 
Teve convicção em aceitar o convite do Senhor.
Certeza de fortaleza e referência às mães lutadoras que, na prática, são diariamente sujeitas a esta condenação moral dos fariseus de hoje.

A aceitação do projeto do Senhor não foi algo infantil, apesar da idade de 16 anos. 
Houve maturidade em tal circunstância, perguntando, inclusive, como seria a concepção, posto que não haveria o ato em si.

Ao dar o sim, assume valores sociais contraditórios à sociedade (hostil e hipócrita) com sua condição de grávida.Mesmo assim, encarou a realidade dos fatos, não hesitando ou se amedrontando com o risco de ser considerada adúltera por José, ou de mãe solteira pela sociedade. 

Com seu sim, ela muda os rumos da história da humanidade.

Referência para entregarmos nossas falhas, mazelas, inseguranças, dúvidas...

No parto, ela mesma o enfaixou e o pôs na manjedoura (compare ao modo que isso acontece hoje, com sensacionalismos variados nso nascimentos).

Desde cedo, começa a conhecer o destino do seu filho. E na trajetória de Jesus, segue sempre seu caminho, com participação ativa na vida do Messias.

No primeiro milagre, nas Bodas de Caná, já estava ela intercedendo: “Façam tudo que ele mandar”. Com este sagrado evento, mostra-nos sinais de que devemos ter iniciativa para tomar ações quando as mesmas se fizerem necessárias.

Força sobrenatural para suportar as dores do mundo, ao ver seu filho sendo perseguido, indo ao calvário e pregado na cruz.Conservava todos os fatos no seu coração, meditava constantemente, e jamais se vangloriou desta situação. 

Nunca se colocou como celebridade.

Na Igreja, honrada com 4 dogmas:
  • Maternidade divina;
  • Virgindade perpétua;
  • Imaculada Conceição;
  • Assunção.
A morte e degradação da carne/corpo estão ligadas ao pecado. Porém, no seu caso especial, não havia pecado, ou seja, era Imaculada.
Diante disso, deu-se no seu caso a assunção. E ela subiu dignamente aos céus, da forma mais sagrada e nobre perante os olhos do Pai.

Modelo de mulher, mãe, esposa: o máximo de referência para um ser humano.

Aparições? Por muitas partes ao redor do mundo.

Em muitos dos casos, ela se mostra à imagem e semelhança dos mais oprimidos, com aspectos físicos semelhantes aos moradores das regiões em que se revela.

Ela está acima de raça, cor, etnia, cultura...
  • No México, a Virgem de Guadalupe se manifesta na forma de uma índia, na época em que a nação asteca era devastada pela colonização espanhola;
  • No Brasil, como negra, no período obscuro e oprimido da escravidão;
  • Em Fátima, Portugal, com trajes típicos simples de uma camponesa. Em plena tensão da 1ª Guerra Mundial e Revolução Bolchevista;
  • Na Espanha, em Zaragoza, tivemos a aparição de Nossa Senhora do Pilar, situação em que ocorreu o fenômeno da bilocação;
  • Na China, na forma de imperatriz chinesa, durante a linha comunista mais dura;
  • Na Argentina, em Lujan, onde a mesma (representada por Nossa Senhora da Conceição) se manisfestou aos humildes, pedindo a edificação de uma igreja nesta mesma cidade. Hoje há um Santuário no local.

(...)

E pelo mundo afora, muitos milagres, profecias...

Personalidade reta, convicta, que se entregou integralmente, e como ninguém, ao plano divino. 

Deixou-nos um incomensurável legado.

Que ela sempre nos acompanhe e rogue por nós !



Rosário



Dificuldades à volta...

Na observação dos fatos,
ainda que tentando pensar calmamente,
o sangue pulsa mais acelerado,
e os contratempos se manifestam de várias maneiras.

Nervosismo, tensão...

Assumindo diferentes nuances,
inconveniências se apresentam nos arredores em cadeia.

No quebra cabeças da vida,
os objetos/peças não se encaixam.

Num contexto musical,
o regente está desconexo com a orquestra,
e movimentos variados do maestro não conseguem cadenciar harmonia.

De maneira geral,
o caos se estabeleceu.

Em qualquer atitude supostamente significativa,
um resultado inerte.

Na ação humana, a indolência.

No âmago do ser,
a situação de exiguidade atribula os sentimentos,
e o coração começa a manifestar sensações variadas.

O que fazer?

Pensamentos associados à desolação e impotência afloram na mente.

No coração,
a percepção de quão limitados somos em algumas situações.

Na humildade e escassez de ações,
a súplica aos céus.

Momento de orar.

No vazio do quarto,
as mãos dedilham o terço,
mistérios e súplicas a Nossa Senhora.

Através do Rosário, mudam-se os focos.

Com a perspectiva divina,
começa-se a perceber que novas alternativas aparecem.

Como uma criança correndo ao colo de sua mãe,
jogo-me nas súplicas à Maria,
a intercessora dos céus.

Por meio desta ação mediadora junto ao Pai,
muda-se o cenário.

O coração já não mais se sente abandonado, à deriva, órfão: nada disso.

De braços abertos e singelos,
a acolhida me envolve.

No frio e desolação da noite,
a sua receptividade e hospitalidade me envolvem.

Como um agasalho na gélida e atribulada madrugada,
o colo da mãe aquece meu coração.

Nos batimentos,
uma pulsação mais serena.

E o mundo?

E os fatos?

Tudo fica em segundo plano.

Visões do mundo começam a desvanecer.

Como uma névoa invadindo a realidade,
problemas começam a perder o sentido.

Olhos singelos da mãe de Deus me guardam na paz dos seus confortantes braços.

Salve Rainha.

Sob sua proteção sempre haverá alternativas,
sempre haverá um novo caminho,
sempre existirá uma sensação confortante.

Sexta Feira Santa - Pietá


Sexta Feira Santa: Dia marcado por um luto profundo.

De um lado, toda a condenação desmedida dos homens.
E de outro, a manifestação extrema do amor de Cristo pela humanidade.
Mesmo diante daquele holocausto, somente concedeu o perdão e a misericórdia.

Na imagem da Pietá, a dor incomensurável de uma mãe, exaurida de sofrimentos. No seu imaculado coração, uma fé inabalável diante dos propósitos de Deus.

Que Maria seja nossa força, inspiração e referência, para seguirmos perseverantes na fé rumo ao Seu filho, mesmo que os fatos que nos aconteçam estejam ausentes de explicações, sobretudo sob a perspectiva humana.

Que o Espírito Santo nos dê forças para conduzirmos a inevitável e tortuosa travessia da cruz a caminho do Pai.

Na sexta feira, encerram-se os limites do mau.
Mas Cristo vai além da morte.
A cruz não é o fim. É somente uma passagem.
Ele venceu, e voltará grandioso, cheio de glória.

Imagem de Maria
Na associação de todo este conceito de espiritualidade com Maria, temos a imagem de nossa Senhora da Piedade (a Pietá), onde temos o momento da deposição de Jesus da cruz.


Nossa Senhora da Piedade, rogai por nós.

Sábado - dia dedicado à Maria


O sábado, na tradição católica, é dedicado à Maria.
A referência maior vem à partir do sábado de aleluia, que foi um momento de luto, dor e silêncio profundo. Ela, mesmo tendo acompanhado todo o sofrimento de Seu filho, permaneceu perseverante na Fé.

À Maria, existe uma associação de 7 dores.
Trata-se de episódios descritos no Evangelho, e que nos convidam a meditar sobre a participação ativa de Maria na Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

Nestes episódios, uma referência, inspiração e exemplo de como devemos carregar, individualmente, a nossa Cruz.

Os 7 episódios são:
1 - A profecia do velho Simeão;
2 - Fuga para o Egito;
3 - Desaparecimento de Jesus no templo;
4 - O caminho de Jesus ao Gólgota;
5 - Crucificação;
6 - A deposição da cruz;
7 - Sepultamento.

Imagem de Maria
Na associação de todo este conceito de espiritualidade com Maria, temos a imagem de nossa Senhora das Dores, com as 7 dores perpassando por seu Imaculado coração.




Nossa Senhora das Dores, rogai por nós.

Nossa Senhora - Aparições em Campinas/SP


Período das aparições:
- Entre 1929 e 1931, aconteceram em Campinas/SP, as aparições de Jesus e Maria para a irmã Amália Aguirre.

Contexto da primeira aparição:
- Irmã Amália Aguirre recebe o primo, em condições de extremo desespero diante da situação iminente de morte da esposa.
- O primo estava desolado com a possibilidade de, além de perder a esposa, ter de cuidar dos filhos.
- Neste momento, a Irmã se dirige sozinha à capelinha da Congregação/Institutos. 
- Nas orações, uma predisposição para ajudar o primo, e assumir o cuidado das crianças. E neste caso, diante do Jesus Sacramentado, ela professou esta frase: 
"Se já não há salvação para a mulher de T., 
eu mesma estou disposta a oferecer a minha vida pela mãe desta família. 
Que quereis que eu faça?".
- Neste momento, o corpo da irmã começa a levitar. Jesus aparece diante dela, e pedindo devoção às lágrimas de Sua Mãe.

*****
Reflexões vinculadas às aparições:
1) Dar à humanidade dois presentes sagrados, e de poder transformador, sobretudo nos momentos de nossas maiores aflições e necessidades.
2) Coroa das Lágrimas, objeto sagrado do qual tudo se pode alcançar de Deus. Em especial, no momento de nossas maiores aflições.
3) Medalha das Lágrimas: se usada com muita fé e devoção, tem o poder de se alcançarem infinitas graças e conversão dos pecadores.
4) Prática de devoção à Virgem Santíssima:  Colocar-se no caminho de Jesus, seguindo os princípios Marianos.

Pedidos de Jesus e Maria à irmã Amália Aguirre:
- Praticar a devoção à Nossa Senhora das Lágrimas, como meio/caminho de se chegar a Jesus Ressuscitado.
- Rezar o terço de Nossa Senhora das Lágrimas.
- Divulgação da Medalha das Lágrimas e inovação da mesma.


*****


Composição do Terço de Invocação à Nossa Senhora das Lágrimas:
- Composto de 7 grupos de invocações (mistérios) subdivididos em 7 (contas pequenas). Observação: O Rosário normal possui uma composição de 5 grupos (mistérios) de invocações, subdivididos em 10 (contas pequenas).

Simbologia da Medalha:
- De um lado a Nossa Senhora das Lágrimas.
- Do outro lado, Jesus manietado ( trata-se do momento em que Jesus é preso e levado a Pilatos).

Motivação para a exaltação do número 7:
Na associação com este número, advém-nos a suposição de que seja com as 7 dores(mistérios) de Maria. Estes episódios foram:
1) A profecia do velho Simeão no Templo: 'A espada vai transpassar tua alma';
2) Fuga para o Egito da Sagrada Família (desterro de Jesus, Maria e José);
3) Desaparecimento de Jesus no templo, durante 3 dias;
4) O caminho em direção ao Gólgota. Encontro de Maria e Jesus(todo flagelado e carregando a cruz);
5) Crucificação e acompanhamento da morte do seu filho;
6) A deposição da cruz: Maria recebe o filho morto nos braços: todo chagado;
7) Sepultamento: acompanhamento doloroso de Jesus ao túmulo.


*****

Reconhecimento canônico das aparições:
- Dom Barreto, então bispo da época, reconheceu as aparições.
- Ele tinha, inclusive, uma ligação muito próxima com as irmãs religiosas, tendo em vista que colaborou ativa e diretamente com a formação da Congregação/Instituto a qual Irmã Amália Aguirre pertencia.
 
Congregação/Instituto:
- Irmã Amália Aguirre, juntamente com o Bispo Dom Barreto e Madre Maria Villac, ajudaram a criar o Instituto das Missionárias de Jesus Crucificado.
- A formação inicial foi de 8 religiosas. No local, consta inclusive fotos representativas deste pequeno grupo que se formou para ajudar aos mais necessitados.
- Em termos de devoção, a referência das irmãs é/era Nossa Senhora das Dores. E esta imagem se mantém no local da aparição.

Local da aparição:
O exato ponto fica no segundo andar da casa, na esquina entre a rua Doutor Quirino e rua Benjamin Constant.
Por uma readaptação do ambiente ao longo do tempo (cerca de 90 anos), a capela foi reduzida e transferida para uma sala/cômodo menor ao lado. 
E no espaço desta antiga capela, pelo fato de ser um espaço maior, acabaram utilizando este para ser um recinto de formação religiosa.

Detalhes sobre a casa:
- A casa era de propriedade do pai de Madre Maria Villac (que era muito católico e teve outras filhas que também seguiram vida religiosa).
- No início, foi realizada uma adaptação da casa, que se dividiu entre a residência da família Villac e a parte ligada com as religiosas.
- Consta que a dimensão da casa era ainda maior ao que temos hoje, e que a mesma se estendia além do que, hoje, está a Rua Benjamin Constant. Neste caso, com o expansionismo da cidade, a residência foi reduzida também para ceder, num outro momento, ao projeto de urbanização do centro de Campinas.

*****

Como rezar o terço de Nossa Senhora das Lagrimas

Oração Inicial
"Jesus Crucificado! 
Ajoelhados aos Vossos pés, nós Vos oferecemos as lágrimas de sangue daquela que Vos acompanhou no Vosso caminho sofredor da Cruz, com intenso amor participante. 
Fazei, ó bom Mestre, que apreciemos as lições que nos dão as lágrimas de sangue da Vossa Mãe Santíssima, a fim de que cumpramos a Vossa Santíssima Vontade aqui na terra, de tal modo que sejamos dignos de Louvar-Vos no céu por toda a eternidade. 
Amém."

Em substituição ao Pai-Nosso, reza-se:
"Ó Jesus, olhai para as Lágrimas de Sangue daquela que mais Vos amou no mundo e Vos ama mais intensamente no céu".

Em substituição das Ave-Marias, reza-se sete vezes:
"Ó Jesus, atendei as nossas súplicas:
Em virtude das Lágrimas de Sangue da Vossa Mãe Santíssima".

No fim repete-se três vezes:
"Ó Jesus, olhai as Lágrimas de Sangue Daquela que mais Vos amou no mundo e Vos ama mais intensamente no céu".

Oração final
"Ó Maria, Mãe de amor, das dores e de misericórdia, nós vos suplicamos: uní as vossas súplicas as nossas a fim de que Jesus, vosso Divino Filho, a quem nos dirigimos, em nome das vossas lágrimas maternais de sangue, atenda as nossas súplicas e se digne conceder-nos as graças pelas quais vos suplicamos, a coroa da vida eterna. 
Amém.
Que as vossas lágrimas de sangue, ó Mãe das dores, destruam as forças do inferno.
Pela vossa mansidão divina, ó Jesus crucificado, preservai o mundo da perda ameaçadora!
Amém."

*****

Irmã Amália Aguirre

Cronologia relevante de uma vida sagrada.
1) Nascimento: 22 de julho de 1901. Cidade: Riós/Espanha.
2) Chegada ao Brasil: Ano de 1919. Aos 18 anos de idade.
3) Início da vida religiosa: 20 de abril em 1928. Trabalho voltado à vida comunitária na Casa Mãe em Campinas/SP, como postulante e noviça.
4) Manifestação dos carismas: 11 de maio de 1928.
5) 1ª aparição: Em 8 de novembro de 1929, Jesus se mostra para a Irmã.
6) 2ª aparição: Em 8 de março de 1930, Nossa Senhora se apresenta a Irmã. Momento em que se apresentam e se entregam o terço das Lagrimas. Posteriormente, em outro momento, revela a Medalha das Lágrimas, e o pedido de divulgação desta grande devoção.
7) Consagração: Em 8 de dezembro de 1931, professa votos perpétuos de entrega ao Imaculado Coração de Maria.
8) 1931: Professou votos perpétuos em 8 de dezembro e foi enviada para a Casa Generalícia em Campinas, onde permaneceu 7 anos. 
9) Enfermidade: Em 1953, acometida de grave enfermidade, é enviada/transferida para a casa das Irmãs em Taubaté/SP.
10) Motivação maior: ficar na companhia de Madre Vitalina Rezende. Esta que era uma das amigas inseparáveis da Irmã, desde o tempo de fundação da Ordem em Campinas. 
Ao se transferir para Taubaté, houve, naturalmente, a continuidade dos trabalhos de ajuda aos pobres e religiosidade. Tudo isso ocorreu, ainda que tivessem as limitações físicas.
11) Falecimento:18 de abril de 1977. Morre na Casa de Nossa Senhora Aparecida, com odores de Santidade.

Sinais/elementos para beatificação:
1) Levitação;
2) Estigmas de Cristo.

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Endereços importantes de toda esta história:

1) Local da aparição
- Capelinha da Congregação, no prédio localizado no centro.

2) Instituto em Campinas
- Há dois prédios: um na rua Bernardo de Souza Campos (bairro Ponte Preta), em frente a Praça Dom Barreto.  O outro fica na Rua Benjamin Constant(centro). 

3) Sepultamento
- Cemitério de Santa Clara, em Taubaté/SP.
- O corpo sagrado de Irmã Amália está sepultado no túmulo das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado.

4) Endereço em que se encontram, e em exposição,  as relíquias da Irmã Amália:
- Lar Irmã Amália: Rua José Vicente de Barros, 961 - Bairro Areião - Vila São Geraldo - Taubaté / SP.


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Ilustrações:

Terço de Nossa Senhora das Lágrimas (obtido no local da aparição).

Coroa de Nossa Senhora das Lágrimas (obtido no local da aparição)


Irmã Amália Aguirre - fotografias ao longo do tempo.

Imagem de Nossa Senhora das Lágrimas, presente na capelinha da aparição.

Medalha entregue na aparição, e objeto para a exercício da devoção.

Jesus manietado, presente na medalha.

Cadeira em que Irmã Amália Aguirre faleceu, em 1977, em Taubaté/SP.

Túmulo em que a Irmã está sepultada em Taubaté/SP.




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Informações complementares
- A devoção à Maria é Cristocêntrica. Ela é uma intermediária de nós junto a seu Filho, junto à Santíssima Trindade.
- Uma dica interessante a aqueles que queiram se aprofundar em Mariologia, é o livro Tratado da Verdadeira Devoção À Santíssima Virgem. Autor: Luís Maria Grignion de Montfort.


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Nossa Senhora das Lágrimas, 
derrame sobre nós as tuas bênçãos.
🙏